Você já sentiu uma vontade enorme de fazer algo mas percebeu que estava com medo de fazer?
Pois é, foi exatamente isso que aconteceu comigo algum tempo atrás.
Eu já conhecia a prática do urban sketching e tinha muita vontade de iniciar nesse mundo, mas sair sozinha para desenhar na rua era muito intimidador, por isso fiquei com medo de começar.
Só que a vontade de praticar urban sketching só crescia.
Eu assistia muitos vídeos de pessoas que faziam esse tipo de desenho, geralmente no exterior, e eles diziam que participavam de grupos organizados de desenho urbano. Resolvi procurar no Google para ver se havia um grupo assim na minha cidade...e não é que havia mesmo!
Primeiros passos
No final de 2021 encontrei o grupo Urban Sketchers Curitiba (link) e fiquei super feliz, mas era dezembro e o grupo entrou em “férias” de final de ano.
Então fui acompanhando pelo Instagram para saber quando seria o retorno das atividades, enquanto isso fui me “armando”…
Confesso que adoro montar um “kit” e comecei a montar o meu para começar a desenhar com o grupo.
Comprei uma mochila bacana para colocar o material e ter tudo reunido num único lugar.
Aliás, esse é um dos meus truques para me estimular a desenhar com frequência – ter o material sempre a mão, mas falaremos disso em outro post!
Também desenvolvi uma pequena prancheta feita de foam e revestida de papel contact. Colei alguns ímãs nela para fixar a paleta de aquarela, que é de metal.
É claro que um bom sketchbook não poderia faltar, e como sei encadernar, eu mesma fiz um caderno de desenho pra mim.
Dani, o retorno...
Finalmente o dia tão esperado havia chegado! O primeiro encontro de 2022 do grupo Urban Sketchers foi marcado e eu estava ansiosa para participar.
Confesso que me deu um frio na barriga e me senti um tanto insegura, já que a última vez que eu desenhei in loco foi nas aulas de Desenho de Observação na faculdade de arquitetura.
Mas é como diz o ditado: “ Está com medo? Vai com medo mesmo!” e foi o que eu fiz.
Cheguei no horário combinado no post do Instagram. Sentei do outro lado da rua de uma linda casinha antiga (são as que eu mais gosto) e fiz o meu melhor naquele dia.
Eu me bati um montão para construir o desenho com uma perspectiva minimamente decente. Nem cheguei a usar aquarela, deixei só no nankin mesmo!
De fato, esse não é o melhor desenho urbano que você já viu, mas foi um pequeno começo para mim. E como diz a Palavra: “...não despreze o dia dos pequenos começos...”
"Não despreze o dia dos pequenos começos..."
De certa forma me sinto orgulhosa desse desenho, já que consegui vencer meu medo e insegurança nesse dia.
E agora?
Desde então tenho participado dos encontros de urban sketching sempre que posso – ou sempre que o tempo permite, quando chove os encontros são cancelados.
Já avancei muito em meus desenhos e tenho vários outros desafios a superar – como conseguir uma boa pintura em aquarela em menos de 2h, por exemplo.
Mas sou criatura teimosa e não pretendo desistir!
Vou colocar aqui mais alguns desenhos que fiz dos encontros que participei.
Conclusão
Desenhar na rua é um desafio, mesmo quando se está em grupo.
Por isso não se acanhe, se você tem vontade de praticar urban sketching prepare o seu material e siga em frente. Encontre um grupo ou pratique sozinho mesmo.
Fazer urban sketching é uma delícia e muito recompensador.
Se você gosta do assunto, pode ver algumas de minhas sessões de USK nessa playlist:
Grande abraço
Dani Porto
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